Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? Lucas 24:32
Depois da morte de Cristo, dois discípulos que estavam indo de Jerusalém para Emaús conversavam sobre os acontecimentos dramáticos da crucifixão. O próprio Cristo Se aproximou, não sendo reconhecido pelos aflitos viajantes. Sua fé havia morrido com seu Senhor e seus olhos, cegados pela incredulidade, não reconheceram o Salvador ressuscitado. Jesus, caminhando ao lado deles, desejava Se revelar, mas Se dirigiu a eles apenas como companheiro de viagem, dizendo: “Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós e por que estais tristes?” (Lc 24:17). Espantados, perguntaram-Lhe se era peregrino em Jerusalém e não tinha ouvido que um profeta, poderoso em obras e palavras, havia sido crucificado. “Nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel” (Lc 24:21), eles disseram, tristemente.
“Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram”, Jesus disse; “não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na Sua glória? E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras” (Lc 24:26, 27).
Os discípulos haviam perdido de vista as preciosas promessas relacionadas às profecias da morte de Cristo; mas, quando estas lhes foram trazidas à lembrança, sua fé foi reavivada e, depois que Cristo Se revelou, eles exclamaram: “Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras?” (Lc 24:32).
Se examinássemos as Escrituras, nosso coração arderia dentro de nós à medida que as verdades nelas reveladas fossem abertas à nossa compreensão. Nossas esperanças seriam reavivadas ao reivindicarmos as preciosas promessas espalhadas como pérolas nos Escritos Sagrados. Ao estudarmos a história dos patriarcas e profetas, homens que amavam e temiam a Deus, que andavam com Ele, nossa vida se ilumina com o mesmo espírito que os animava. [...]
É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez de devoção existente na igreja? A resposta é: Permitimos que nossa mente se afaste da Palavra. [...] A palavra do Deus vivente não é apenas escrita, é também falada. A Bíblia é a voz de Deus nos falando, tão certo quanto se a pudéssemos ouvir literalmente. Se compreendêssemos isso, com quanta reverência e santo temor abriríamos a Palavra de Deus, e com quanta sinceridade pesquisaríamos seus preceitos! (Review and Herald, 31 de março de 1903).
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